domingo, 7 de agosto de 2011

Dor de uma valsa falsa

Nunca mais deveria existir a luz
Para sempre a vela havia se apagado
Nunca mais deveria existir esperança
Era esse o seu legado

E algo brilhou por um instante
Alguém se atreveu a acende-la novamente
Foi os olhos que se levantaram e sorriram
Foi o amor que se atreveu a retornar
Com nova intenção de matar
E quem o recebeu não se importou em sofrer
Sabia que a luz se apaga quando queima o pavio
Depois o corpo chora de frio, sozinho
Sem outro corpo para esquentar

Maldita boca que pronunciou uma sombria poesia
Uma música gótica com som de valsa e vestido preto
E sapatos vermelho simbolizando perigo
É melhor que a porta se mantenha fechada
Sem que nenhum som entre e traga a luz da lembrança
Fazendo que a vela se acenda e que o corpo dance
É melhor que nada aconteça
É melhor que a alma descanse.

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