quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cólera

Que me cegou com fendas e ameaçou.
Que estava ao lado e não esperei passar.
Foi o que aconteceu, matou.

Morreu de verdade, em carne de sangue.
O fogo saltou e incendiou tudo na vista.
Aconteceu, foi o que matou.

E o brilho nos olhos vermelhos sumiram.
Com a cólera se foi o calor vital.
Que iluminava os sonhos.

Onde está sua alma?
Em meio aos espectros sujos?
Está aqui a decisão, de ir busca-lá.

Das coisas que disse, creio que essa seja solida.
Que se case com o cimento e erga parede forte.
Que não seja mais uma vez a ilusão escondida na cólera.

Estará a minha espera com o perdão em mãos.
Que esteja em banho cândido.
Será assim que acontecerá. Abraço.

Que exista o além, além de mim.
Ou que ao menos eu tenha o poder de sonhar.
Que acontecerá abraço. Será assim.

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